terça-feira, 13 de abril de 2010

De volta ao começo

Então vem o gentil convite de Teresa Drummond para mostrar o novo livro em seu evento POETA SAIA DA GAVETA...Fora exatamente ali, há 16 anos atrás, que entreguei um monte de folhas datilografadas para um querido louco que o transformaria no meu primeiro livro. Deu uma saudade de tudo aquilo! Ah, o poema que falei naquele dia...? Dito em passos de comedie de l´art, foi o seguinte




DELÍRIOS SALTIMBANCOS

Quem sou eu?
Eu também sou brasileiro,
eu também sou vigarista.
Eu finjo, te engano
sou arteiro, sou artista.
Não te escondo o que faço
sou palhaço,
sem circo e sem picadeiro
meu palco é qualquer espaço
meu palco é o brasil inteiro.
Pode rir sou artista e brasileiro.
É esse o meu retrato
o de um pobre sonhador fazendo teatro
e pior, amador.
Mas não pense que sou tolo
pra fazer graça, de graça
no meio da praça.
Daqui não saio sem recompensa,
isto nem se pensa.
Não peço jóias nem ouro
não é este o meu tesouro.
Calma, já os deixarei em paz!
Só espero um sorriso e um aplauso
se não for pedir demais.